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As novas sanções dos EUA contra a China devem custar até US$ 5,5 bilhões por trimestre à Nvidia. O professor de economia Adriano Moraes analisa o impacto do tarifaço no setor de tecnologia e como a guerra comercial redefine alianças globais e o avanço da inteligência artificial.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://tinyurl.com/guerra-tarifaria-trump

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Transcrição
00:00Para falar sobre os últimos desdobramentos da guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
00:07O setor de tecnologia, como a gente vem acompanhando aqui no radar, está sendo bastante afetado.
00:12Uma das medidas que Trump anunciou foi a restrição na venda de chips para a China.
00:18A NVIDIA, uma das big techs americanas, reportou que a medida pode custar 5,5 bilhões de dólares por trimestre.
00:25Para falar de como fica o setor de tecnologia no meio do tarifácio, eu converso com o Adriano Moraes, que é professor de economia da faculdade ESEG.
00:35Adriano, boa tarde para você. Obrigado pela disponibilidade em conversar com a gente aqui no radar.
00:40Adriano, a gente tem hoje níveis de tarifas entre Estados Unidos e China que são proibitivos para os dois lados.
00:46Estamos falando de sobretaxas para importação de produtos de mais de 100%.
00:52O mercado de tecnologia dos Estados Unidos anda sem a China e a da China anda sem o dos Estados Unidos?
01:00Boa tarde, Fábio. Obrigado pelo convite. Boa tarde, espectadores da Times Brasil.
01:06Realmente, existe uma relação muito forte entre os dois países.
01:11Empresas de chips dos Estados Unidos, principalmente chips avançados, chips que estão habilitados para processar ferramentas de inteligência artificial,
01:23os Estados Unidos exportam para a China.
01:26Mas realmente teve essa medida no dia 17 de abril, recentemente, de restrições proibindo que chips muito avançados,
01:35o chip H20 da NVIDIA e o chip M1-308 da AMD, que eles fossem exportados para a China.
01:45Isso é mais um item da guerra comercial,
01:48mas eu chamo a atenção que essa restrição é uma restrição muito menos econômica e muito mais de defesa,
01:56muito mais uma restrição estratégica e uma preocupação de segurança nacional dos Estados Unidos.
02:02O objetivo dessas restrições de exportação de chips americanos para a China
02:07é justamente tentar impedir um desenvolvimento muito forte da indústria de semicondutores,
02:14das tecnologias de inteligência artificial do país asiático,
02:18algo que poderia, eventualmente, ameaçar a liderança dos Estados Unidos,
02:23seja uma liderança tecnológica, até mesmo uma liderança militar que os Estados Unidos têm.
02:28Então, realmente, uma preocupação bastante estratégica
02:31que levou a essas medidas de restrição de exportação de chips.
02:35Essas medidas não são novas.
02:37Já começaram a ser implementadas em 2022.
02:39A gente teve mais um avanço dessas restrições no final do governo Biden
02:45e agora o governo Trump, no dia 17, colocando mais restrições ainda,
02:50proibindo praticamente a exportação desses chips extremamente sofisticados.
02:56Você lembrou bem, o governo Biden já tinha tomado providências
03:00em relação a esse cuidado com o desenvolvimento tecnológico da China.
03:04Esse produto, inclusive, da NVIDIA,
03:06era um produto que já estava fora daquela regulação do governo Biden,
03:10era um produto que podia ser vendido para a China
03:12e agora vem essa nova regulação, essa nova ordem,
03:15desta vez, do governo Trump, dizendo que não pode mais.
03:19Até que ponto esse tipo de medida, de fato,
03:22compromete ou atrasa a concorrência, vamos dizer assim,
03:25o desenvolvimento da China, no caso?
03:27Realmente, a China tem uma capacidade de desenvolver novas tecnologias,
03:35até em alguns casos superar tecnologias que outros países desenvolveram,
03:40mas a ideia dos Estados Unidos provavelmente é, digamos assim,
03:44atrasar um pouco esse processo.
03:49Existe um comércio, que é um comércio significativo dessas empresas
03:54para o país asiático, mas realmente é um comércio
03:59que não é fundamental para essas empresas.
04:01Essas empresas provavelmente vão conseguir continuar vendendo esses chips,
04:05até mesmo no mercado americano.
04:07Lembrando que essas tecnologias de inteligência artificial,
04:10elas estão progredindo o tempo inteiro,
04:12então uma demanda muito forte por esses chips.
04:15Eu acho que a ideia é, principalmente,
04:17é colocar a China um pouquinho atrás dessa corrida de inteligência artificial
04:21e no mundo da tecnologia, colocar um concorrente desvantagem acaba,
04:27nem que seja por um período de tempo,
04:29acaba sendo uma desvantagem bastante prejudicial.
04:33Então, provavelmente, foi essa a intenção do governo americano.
04:37Agora, se a gente pensar em termos globais, Adriano,
04:40o que a gente vê é que as empresas, os players desse mercado,
04:44sempre vão avançando em cima de uma solução que o concorrente,
04:47ou muitas vezes avançam em cima de uma solução do concorrente.
04:50O concorrente traz um passo adiante,
04:53aí a outra empresa dá um passo em relação àquele passo do concorrente
04:56e, assim, o mercado vai crescendo, se a gente pensar globalmente.
05:00Claro que, individualmente falando, os países têm os seus interesses.
05:03Agora, esse tipo de medida, esse tipo de barreira
05:05que os Estados Unidos impuseram à venda de chips para a China,
05:09se a gente pensar globalmente, é algo que pode frear o mundo
05:13no avanço tecnológico?
05:16Eu, aparentemente, não.
05:17Por quê? Porque essas medidas de restrição são medidas para a China,
05:22aparentemente para a Rússia também.
05:24O que acontece?
05:24A intenção dos Estados Unidos é justamente continuar negociando,
05:28continuar exportando esses chips extremamente sofisticados
05:32para tradicionais parceiros estratégicos dos Estados Unidos.
05:37Então, provavelmente, o Reino Unido, a Austrália, o Canadá
05:40vão continuar tendo acesso a esses chips,
05:43vão, provavelmente, conseguir disputar,
05:45vão estar numa posição privilegiada nessa corrida tecnológica.
05:50Países que não são tão alinhados vão ter exportações parcialmente restritas.
05:55E o caso da China e, provavelmente, a Rússia
05:58terão exportações totalmente impedidas.
06:00Então, provavelmente, os Estados Unidos estão escolhendo seus parceiros,
06:05privilegiando alguns parceiros mais tradicionais,
06:08parceiros estratégicos mais tradicionais,
06:10e colocando um pouco atrás em desvantagens
06:14concorrentes geopolíticos, como China e, provavelmente, Rússia também.
06:20Adriano Moraes, professor de Economia da Faculdade ESEG.
06:24Obrigado, Adriano, pela gentileza da sua participação.
06:26Boa semana para você.
06:28Obrigado, doutor.
06:29Para você também.
06:29Um abraço.
06:30Um abraço.
06:30Obrigado.
06:31Obrigado.
06:31Obrigado.

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