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Professor Celso Flexa esclarece tudo sobre a discursiva da prova MPU-FGV
Transcrição
00:00Olá, bem-vindo ao Liberal Concurso, eu sou Karina Jax, professora especialista em concursos públicos
00:10e a coluna vai entrevistar hoje o professor Celso Flecha, que está trabalhando discursivas para a prova do MPU.
00:18Bem-vindo, professor, obrigada pela sua presença mais uma vez aqui na nossa coluna.
00:22Eu que agradeço, Karina, que é sempre bom estar contigo e, assim, engrandecendo o nosso trabalho e auxiliando principalmente os nossos alunos, né, Karina?
00:33Que tu exerces hoje uma função assim tão importante, ela é sempre existíssima, existíssima função dentro de sala de aula,
00:40hoje tu, além de sala de aula, estás aqui trazendo profissionais maravilhosos para que eles possam ter todo o sucesso, né, alcançando os objetivos deles.
00:49Isso, esse espaço aqui é um espaço nosso, de professores e concursados, né, que o Jornal Liberal abriu para que a gente possa trocar essas informações e beneficiar os nossos alunos.
00:59Isso, com certeza.
01:00Isso é muito útil, muito útil mesmo.
01:03É muito bom, muito feliz e muito feliz em recebê-lo aqui também.
01:05Eu que agradeço a confiança do meu trabalho.
01:08A gente está na reta final para a prova do MPU, né, e discursiva é um tema que os alunos temem, né, que é importante,
01:19merece dedicação, os cargos de técnico e analista vão trazer discursivas, não é, exceto Polícia Institucional do MPU.
01:27E aí eu te pergunto, o que o candidato deve esperar dessas questões, dessa prova discursiva, não é, aplicada pela FGV?
01:36Olha, Karina, é assim, né, no edital consta que eles farão uma prova dissertativa argumentativa.
01:43Perfeito.
01:45O que é um texto dissertativo argumentativo, Karina?
01:47É a defesa de um ponto de vista, certo?
01:51Tá.
01:52Nós temos dois tipos de dissertações.
01:54Nós temos a dissertação expositiva e nós temos a argumentativa.
02:00Qual é a diferença entre eles?
02:01A dissertação expositiva, o candidato tem que se prender somente a dizer aquilo que eles querem.
02:09Como assim?
02:11Eles vão te perguntar assim, Karina, vale a pena ser ético na administração pública?
02:17Tá?
02:17Aí eles vão te perguntar, Karina, define ética pra mim.
02:21Quais são os atos antiéticos mais vistos?
02:24Como é que o Estado pode resolver isso?
02:26Eles limitam o que tu vai te falar.
02:28Você só pode responder aquilo que eles te disseram.
02:31Essa expositiva.
02:32Essa expositiva.
02:33Que quem age muito assim?
02:35A Sebrasp.
02:36A Sebrasp, ela vai lá e diz, ah, vamos discutir contrabando.
02:41Mas eu quero que você defina contrabando, me diga as mercadorias, as consequências e o que o Estado vai resolver.
02:48Essa foi a famigerada prova agora do Ibama.
02:51Do Ibama.
02:52E de um sobre licitação.
02:54Perfeito.
02:55Então, o que acontece na dissertação argumentativa, Karina?
02:58É necessário que você tenha toda a fundamentação técnica.
03:02Como assim, técnica?
03:04Que você saiba o número das leis, dos artigos, que você cite autores dentro daquela lei.
03:10Tá bom?
03:11Então, essa é a expositiva.
03:13A argumentativa é eles te fazerem um questionamento, aí você se posiciona e você tem que defender.
03:21Vamos supor que eles perguntem assim pra ti, Karina.
03:24Dinheiro traz felicidade?
03:26Aí tu vai dizer sim.
03:28Eles vão te perguntar por quê, Karina.
03:30Aí tu vai ter que arranjar dois argumentos pra sustentar a tua tese.
03:35Você tá me entendendo?
03:37Tô.
03:37Então, vamos supor que eles coloquem mais ou menos isso.
03:40Etarismo.
03:42Desafios da sociedade e do Estado pra resolver este problema.
03:48Tá entendendo?
03:49Aí você vai ter que perceber quais são os desafios que o Estado tem pra acabar com isso, né?
03:57Que está no programa deles, né?
03:59Isso.
03:59Conforme a Maíli citou.
04:01Tá bom?
04:01E eles vão ter que justificar o posicionamento deles.
04:05Vamos supor que eles perguntem assim.
04:08Desigualdade de gênero.
04:09Como o Estado pode resolver esse problema na área administrativa?
04:14E aí você vai...
04:15Isso.
04:16Perfeito?
04:17Argumentar.
04:17Então, o que que acontece?
04:18O que a gente pede?
04:19Que o aluno pra fazer essa prova, Karina, ele tenha que fazer a conexão do que está no
04:25edital dele e ligar o dia a dia.
04:29Certo?
04:29É competência e habilidade.
04:32Tá?
04:32Você é da área jurídica.
04:34É como se você fosse a uma audiência e você olhasse para o juiz e dissesse, meu
04:40cliente é inocente.
04:42Aí o teu juiz vai dizer, é?
04:44Prove.
04:45Aí você tem que arranjar argumentos pra provar.
04:48Então, essa é a dissertação argumentativa.
04:50Você tem a defesa de um ponto de vista.
04:52É o que todo mundo faz no TCC.
04:54O TCC é a defesa de um ponto de vista.
04:57Flecha.
04:58Esse modelo argumentativo.
04:59O candidato, por exemplo, ele tem a opção de, numa situação de ser contra ou a favor
05:05ao tema abordado, ou a FGV geralmente já direciona pra ele, por exemplo, desafios.
05:11Ele vai ter que dar os desafios pra solucionar.
05:13Ou já existiram casos, provas, que a FGV deu a opção da pessoa se posicionar contra ou
05:20a favor.
05:21Bom, aí é o que acontece, Karina.
05:23Por o texto dissertativo ser a defesa de um ponto de vista, você pode ser contra, desde
05:30que você fundamente.
05:31Aí é que tá o problema.
05:33Tá bom?
05:33É como se você dissesse assim, Flecha, eu não gosto de língua portuguesa.
05:39Aí eu vou te perguntar por quê.
05:41Aí tu vai dizer, Flecha, língua portuguesa tem muita regra e tem muita exceção.
05:47Você tá me entendendo?
05:48Então, é o teu ponto de vista.
05:50Aí tu vai ter que me provar.
05:52Legal?
05:53Tudo que você tá te falando, tem que me provar.
05:55Legal?
05:56Aí, se você não conseguir provar, a gente diz que você não teve fundamentação suficiente
06:01pra convencer o leitor.
06:02Você tá me entendendo?
06:04Entendi.
06:05Tá.
06:05Agora, se você dissesse, Flecha, aí eu vou dizer pra ti, Karina, eu discordo.
06:10Eu vou te dizer, a nossa língua, ela tem pouca regra e quase não tem exceção.
06:15Eu vou contra o que tu pensas e eu tenho que fundamentar.
06:17Você tá me entendendo?
06:20Tá.
06:20Então, vamos supor que eles perguntem assim pra você.
06:23Tá bom?
06:24Ah, ok.
06:26As cotas públicas.
06:28Tá ok?
06:29Criação ou solução de um problema?
06:33Aí deu a possibilidade dele.
06:35Isso.
06:35Tá bom?
06:36Legal.
06:36Se você disser que é solução, prova.
06:41Tá bom?
06:41Prova.
06:42Vai lá e prova.
06:44Se você disser que é problema, prova.
06:48Aí eu entro numa outra questão.
06:49Estão perguntas que não estavam nem inscritas, mas cada entrevista eu vou aprendendo.
06:54E aí, quem tá nos assistindo aprende também, né?
06:57Também, isso.
06:59Mas existem temas, por exemplo, que, no meu entender, você pode me corrigir.
07:04Que não tem problema, assim, combater o etarismo.
07:08Se posicionar a favor do etarismo, é difícil você...
07:12Você pode ter argumentos, mas são argumentos que não se sustentam.
07:16Com certeza.
07:17Aí como seria?
07:17Essa redação não teria êxito.
07:20Aí, com certeza, ele vai dizer que você tem a tese, tem.
07:23Mas você não consegue fundamentá-la.
07:25Aí ele vai dizer que você não tem poder de fundamentar.
07:29Certo?
07:30Você não tem o poder de fundamentar.
07:32Aí a tua nota vai arrear.
07:33É, assim, eu não gosto de usar essa expressão, mas tem que ser o politicamente corretos, né?
07:37Isso.
07:37Só que todo ponto de vista que você for sustentar, você tem que provar.
07:43Com argumentos técnicos, científicos, que sejam as leis, o estatuto do idoso.
07:51E nesse conteúdo de MPU tem muita legislação, né?
07:54Direitos humanos.
07:56Isso.
07:56A questão da igualdade racial, o direito das pessoas com deficiência.
08:00Perfeito.
08:00Então, foi aquilo que eu disse para a Maeli.
08:03Maeli, por eles usarem muito isso, eles estão sinalizando para você.
08:07Eles estão dizendo que você tem toda uma lei na tua vida.
08:10aplica em tema social.
08:12Foi por isso que é texto dissertativo argumentativo.
08:14Porque se fosse técnico científico, eles iam fazer questões bem práticas.
08:19Tá bom?
08:19Ah, o que é ética?
08:20Defina a ética.
08:21Quais são os atos mais éticos?
08:22Antiético mais visto.
08:23Qual é a consequência disso para o serviço público?
08:26Acabou.
08:27Você está me entendendo?
08:28Entendi.
08:28Tá ok?
08:28Mas, na dissertação argumentativa, eles vão olhar para ti e vão te falar assim mesmo.
08:33O estatuto da criança e adolescente existe.
08:36Tá bom?
08:36Ele resolve o problema.
08:37Aí, você vai dizer não.
08:39Por quê?
08:41Você está me entendendo?
08:42Entendi.
08:42Ah, olha, existe a lei Maria da Penha.
08:44Ótimo.
08:45Ela resolve o problema da violência doméstica?
08:47Aí, você vai dizer não.
08:48Por quê?
08:50Entendi.
08:50Perfeito.
08:51Perfeito.
08:52Então, vamos lá.
08:53Mais uma pergunta aqui.
08:54Aí, eu já me sinto satisfeita.
08:57Me sinto satisfeita.
08:58Que bom.
08:59Agora, vamos pensar nas provas anteriores de FGV.
09:02O histórico de provas anteriores da FGV.
09:05Eu acho que você até antecipou um pouquinho essa resposta.
09:08E o estudo de provas anteriores, discursivas de provas anteriores.
09:12Talvez os concursos de MPU ou os concursos de MPU e judiciário, né?
09:16Que são áreas afins.
09:17Sem eu.
09:18Isso.
09:19Estudar as provas anteriores.
09:23É útil para esse candidato?
09:25Ou cada prova a FGV inova?
09:28Ela tem um histórico que dá para a gente fazer?
09:31Olha, Karina.
09:32O que a gente pode dizer para eles é o seguinte.
09:35Um tema recentemente trabalhado, em torno de um ano mais ou menos,
09:40dificilmente ele volte.
09:41Volte numa outra abordagem.
09:44Você está me entendendo?
09:45Existe um leque muito grande de temas, né?
09:47Isso, perfeito.
09:48Vamos tomar como exemplo, Karina, a violência doméstica.
09:52Quando o Enem discutiu a violência doméstica, o Enem pediu caminhos para resolver a violência
10:00contra a mulher.
10:01Então, eles não perguntavam a causa, não perguntavam as consequências, nem os tipos.
10:07Eles queriam que os alunos apontassem caminhos para resolver o problema.
10:12Tá.
10:13Quando o nosso MPE discutiu a violência doméstica, eles disseram que durante o parto,
10:23a mulher precisaria de uma proteção.
10:27por causa daquele médico que abusou, e eles usaram isso, tá bom?
10:32Seria dentro da violência obstétrica?
10:34Isso.
10:34Aí o que é que acontece?
10:36Se você presta atenção, é o mesmo tema, com abordagens diferentes.
10:39É corte diferente.
10:40Isso, perfeito.
10:41Quando foi na prova do CFO, a violência doméstica era o tema central.
10:48Mas qual foi a limitação?
10:50A mulher civil e a mulher militar precisam do apoio, do mesmo apoio do Estado,
10:56para resolver a violência.
10:58Olha, interessante esse tema.
10:59Tá bom?
11:00Tá.
11:01Quando foi na prova da polícia civil, violência doméstica.
11:05Só que eles deram uma determinada situação, perguntaram os tipos que ocorriam ali,
11:09e as formas de prevenção.
11:11Então, é aquilo que a gente fala.
11:12Ah, a flecha mais etarismo já foi discutido.
11:16Veja a abordagem, que ela pode aparecer de uma outra forma.
11:19De outra forma.
11:19Tá me entendendo?
11:21E o que a gente precisa dizer é que ela só trabalha temas sociais.
11:25Ela se baseia exatamente no que ela pede que eu olhe no estúdio.
11:28Então, seria a nossa próxima pergunta.
11:31Entre temas mais técnicos relacionados com o cargo e temas da atualidade social.
11:37Então, FGV, tema social.
11:39E a aplicação dessas leis.
11:40Ah, perfeito.
11:41A lei do PCD, a lei do...
11:43Todas essas leis.
11:44E a questão, por exemplo, cada tema desses é etarismo.
11:47Você tem um leque de formas de abordar, muito grande.
11:50Isso.
11:51Não sei se já ouvi esse tema, mas uma questão que eu acho interessante é quando você tem
11:56assim, ah, nem parece que você tem essa idade.
11:59Isso é uma forma, é um elogio, é um etarismo em forma de elogio.
12:02Disfarçado, né?
12:03É um elogio de forma de etarismo.
12:05Seria uma forma de abordar.
12:06Isso.
12:06Quer dizer, eles podem perguntar para você, mais ou menos, etarismo, tá bom?
12:11Ok?
12:11Que é formas de provar que ele ainda existe no Brasil.
12:18Perfeito.
12:18Tá me entendendo?
12:19Tá.
12:20Então, quando a Karina falou aqui isso, a Karina já, desculpa, a Maíli falou, sabe,
12:25sobre os negros, sobre os indígenas, sobre o etarismo, tá bom?
12:29Sobre as pessoas com deficiência, tá ok?
12:32Certo, tá?
12:33Eles podem usar isso de uma forma interligada.
12:37Isso.
12:38Interligada.
12:39Você tá me entendendo?
12:39A Maíli, inclusive, usou um tema, porque ela fez um levantamento das ações do Ministério
12:45Público, sobre a questão da desigualdade racial, o gênero, a mulher negra, que ela
12:51sofre a discriminação em dois aspectos, pela cor e pelo gênero.
12:56Seria um recorte...
12:57Pois é isso, tá bom?
12:59Pois é.
12:59Pois eles podem muito bem colocar assim mesmo, tá bom?
13:02É racismo, tá ok?
13:04É preconceito de raça, tá ok?
13:07Preconceito de cor.
13:09Como o Estado pode agir para resolver esse problema na administração pública?
13:15Tá bom?
13:16Interessante.
13:16E só que, para ilustrar, eu estava lendo uma matéria sobre a chamada heteroidentificação.
13:22Quando você se identifica nos concursos como preto ou pardo, né?
13:26A população negra preto ou pardo, e que você tem que fazer, muitas vezes, uma heteroidentificação.
13:31Tem uma comissão nos tribunais que faz, cada tribunal, né?
13:35Que faz essa heteroidentificação.
13:36Há pessoas pardas que estão sendo rejeitadas na heteroidentificação porque estão se aplicando
13:43critérios do preto no pardo.
13:47Porque o pardo, né?
13:48O pardo é uma infinidade de características que não necessariamente vão estar repetidas
13:55da pessoa de cor negra, né?
13:57Os traços, a cor da pele.
14:00Isso.
14:00Eles podem usar como tema de preconceito.
14:02Eu achei interessante isso.
14:03Ali, Karina, houve um...
14:06Pode ser pesquisado pelos nossos alunos.
14:09O Ministério Público do Rio de Janeiro, eles postaram uma matéria em que eles disseram
14:15que 80% das pessoas que foram presas através da visualização, ok?
14:22Elas foram presas injustamente.
14:24Por engano.
14:24E quase todas eram negras.
14:26Isso.
14:27O engano sempre é...
14:28Isso.
14:29Eles já estão sugerindo preconceito.
14:32Isso.
14:32O racismo estrutural.
14:33Isso.
14:33O racismo estrutural.
14:34Eles já estão sugerindo isso.
14:36Você estava entendendo?
14:37Tá?
14:38É necessário, assim, por exemplo, que você pegue vários temas.
14:42Por exemplo, no tema da Polícia Militar do Rio de...
14:45Acho que foi de São Paulo.
14:47Eles perguntaram se o time de futebol podia pagar pela homofobia da torcida.
14:54Gente.
14:54Era um tema para a pessoa discorrer.
14:58Dissertação argumentativa.
15:00Achei...
15:01Achei...
15:02Achei...
15:02Achei o escândalo...
15:03O próprio...
15:04Isso.
15:05Aí o que vai acontecer...
15:06O próprio tema, né?
15:07Aí vai encaixar naquilo que você me perguntou.
15:10Alguns candidatos podem dizer que sim.
15:13Alguns podem dizer que não.
15:15Mas o, entre aspas, politicamente correto é dizer que não.
15:18É isso.
15:20É que a homofobia não se justifica.
15:22Se você for justificar, se você for tomar uma posição contrária, prova.
15:29Tá bom?
15:30Prova.
15:31Tá ok?
15:32Prova.
15:33Tá ok?
15:34Certo?
15:34Tá.
15:35Aí você consegue perceber que alguns temas, né?
15:38São, assim, discutidos.
15:40A UNB já perguntou se a cola escolar pode ser considerada crime.
15:44Eu argumentaria que, para ser considerada crime, teria que...
15:50Eu tenho conhecimento jurídico, né?
15:51Teria que ser tipificado na lei.
15:53Não lembro se tem alguma tipificação na lei.
15:56Pois é.
15:56Aí, lógico, alguns alunos disseram que sim.
15:58Outros disseram que não.
16:00E tem que justificar.
16:00Perfeito.
16:01Uma aluna disse para mim, Karina, que não podia ser porque colar é um ato intrínseco do ser humano.
16:08Ela disse que todo mundo cola.
16:09A minha argumentação seria que não, porque tem que estar tipificado na lei, né?
16:16Mas aí eu não teria respaldo.
16:18Sei.
16:18Apesar de ser professora de direito, eu não sou professora de direito penal.
16:21Eu não teria respaldo para indicar se tem artigo ou não que coloca a cola, se enquadra como crime.
16:28Mas eles perguntaram.
16:29A cola escolar pode ser considerada crime?
16:32Tá me entendendo?
16:33Mas é, com certeza, um ato antiético.
16:35É isso.
16:36Aí você já tem, por exemplo, um outro tema que caiu no ITA, né?
16:40A beleza da matemática.
16:43Eu te pergunto.
16:44Matemática tem beleza, Karina?
16:48Difícil de argumentar essa.
16:50Pois é.
16:51Então, o que a gente diz?
16:52A FGV faz um favor para o candidato.
16:56Lógico, o ITA não tinha como...
16:58Não tinha isso no programa.
17:00Não tinha.
17:01Tá bom?
17:01Mas a FGV, Karina, ela foi lá e disse, estuda o etarismo, estuda isso, estuda isso.
17:09Ela deu um conteúdo programático.
17:11É como se ela dissesse, se você estudou isso, tudo que a gente pediu, você tem base
17:16para discutir qualquer assunto que a gente vai discutir contigo.
17:19Perfeito.
17:21Você tá me entendendo?
17:22Aí, quem que entra em cena?
17:24A Maíli.
17:26Ela vai explicar e vai fazer essa conexão.
17:29Perfeito.
17:29Tá aí.
17:32Agora, acabei de ver que a FGV não é uma banca, é uma mãe.
17:36Mas, olha, Karina, olhando para o lado do SESP, como a gente ainda vai discutir na PRF,
17:42a gente diz que a SESP, a SEBRASP, ela determina, ela diz para ti, ela diz, Karina, discute
17:50comigo o contrabando.
17:51Karina, faz só um favor para mim.
17:53Só define o que é contrabando.
17:55Só me diz as mercadorias, as consequências disso e como está no ponto de resolver.
17:59Que também está no conteúdo programático.
18:01Perfeito.
18:01Aí você vai perceber que ela já te fez no favor.
18:05Você tá me entendendo?
18:06Ela já te fez no favor.
18:08Ela te disse, tá aqui, olha, só faz montar tudinho.
18:11Vou aqui só fazer um comentário que o Flecha faz com a gente, a gente começa a gostar
18:17da banca, entender que a banca não é um mistério.
18:19Mas não é.
18:20Não é, Karina.
18:21Tá bom?
18:22Perfeito.
18:22Então, olha, é o que a gente brinca.
18:24Por exemplo, nessa prova aí que a SEBRASP criou, aí você tem que produzir uma introdução.
18:29Perfeito.
18:30E você vai dizer, ah, o contrabando está cada vez mais presente na sociedade brasileira.
18:35Ponto.
18:36Diante disso, é necessário defini-lo, saber as mercadorias mais utilizadas e as suas
18:41consequências, a fim de que o Estado possa resolver esse problema.
18:45Já fiz a introdução.
18:46Isso não é fácil?
18:47É.
18:47Isso não é fácil?
18:50É.
18:51Redação é fácil, gente.
18:53Né?
18:54Tá bom?
18:55Ok?
18:56Certo.
18:56Aí vamos supor que eles perguntem assim para ti.
18:58Etarismo.
18:59Como o Estado e a sociedade podem agir para resolver esse problema?
19:05Ponto.
19:06Aí você vai lá e diz.
19:07A cada ano que passa, percebe-se que o etarismo está cada vez mais presente na sociedade
19:12brasileira.
19:13Dentre tantos desafios, o Estado e a sociedade podem enfrentar a educação familiar e a
19:20educação escolar.
19:22Pronto.
19:23E desenvolver.
19:24Pronto.
19:25Aí provar o porquê de educação escolar favorecer o etarismo para acabar com isso.
19:29O Estado entra como?
19:30Tá ok?
19:31E também você tem que provar como é que a família pode resolver isso.
19:33Pode contribuir.
19:34Pois é.
19:35Pronto.
19:35Custa.
19:36Isso não é fácil?
19:37Perfeito.
19:38Perfeito.
19:39Professor.
19:40Não me convençam.
19:42Não me convençam.
19:42Professor, agora eu quero perguntar para você, que orientações você dá agora para
19:49esse pessoal que está na reta final, o candidato, a gente está acho que há 15
19:52dias da prova, a tua entrevista vai agora na segunda-feira, já vai há 15 dias da prova.
19:57Quero que você fale com o candidato, que orientações você dá nessa reta final para
20:02que ele se prepare, consiga sanar as dúvidas, sanar ali, fechar as arestas que ainda estão
20:10e faça uma boa prova, uma excelente prova e tenha êxito nessa discursiva da FGV-NPU.
20:18Vamos lá, Karina.
20:18A gente sempre fala que para o candidato fazer uma dissertação argumentativa é necessário
20:25que ele tenha banco de dados.
20:26No Enem, a gente chama de repertório sociocultural.
20:30O que é um repertório sociocultural?
20:32Porque na competência 3 do Enem, o candidato tem que usar a filosofia, a música, tá ok?
20:39É filmes, tá?
20:41Para poder provar a tese dele.
20:43No concurso público, a gente pede que o candidato faça um banco de dados.
20:48O que é um banco de dados?
20:49Ele escreve lá no Google, etarismo, tá ok?
20:55Aí vai lá, etarismo, causas, etarismo, consequência.
20:58Aí vão aparecer vários sites.
21:01Aí ele vai lá, pega os sites de maiores confianças, anota, tá bom?
21:06Ok.
21:06Aí vai lá de novo, etarismo, causa e consequência.
21:10Aí ele anota, tá ok?
21:12Ah, é dados sobre etarismo.
21:14Aí ele vai bancando.
21:15Por quê?
21:15Tá ok?
21:16Porque é necessário que ele tenha dado estatístico.
21:21Esse dado estatístico precisa ser provado.
21:25Não adianta ele dizer que o etarismo cresceu em 80% no Brasil se ele não conseguir provar.
21:30Só um instantinho aqui.
21:32Presta atenção.
21:33Você que vai fazer concurso do MPU, os dados têm que ser reais.
21:37Não pode inventar dado.
21:39Não pode.
21:39Não pode.
21:40Não pode inventar.
21:41Celso Flecha, o mestre, tá dizendo.
21:44É necessário que você diga.
21:45Segundo dados divulgados pelo Ministério da Segurança Pública, ok, em novembro de
21:502023, o etarismo cresceu em 80% no Brasil.
21:54Tá.
21:55Perfeito.
21:56Aí você me disse que ele cresceu em 80%.
21:58Qual foi a causa disso, Karina?
22:01Aí você vai ter que me dizer.
22:03Isso ocorreu, pois hoje, ok, a maioria da população, por ser jovem, acha que as pessoas
22:10com uma idade mais avançada não conseguem realizar certas tarefas, se bem que o etarismo não
22:17está ligado somente a idoso, a novo.
22:20E isso ocorre com o novo.
22:22Com jovem preconceito com o jovem.
22:24Isso.
22:24O fato de uma empresa não te contratar porque ele pede novo, é etarismo.
22:30O fato de um novo falar que um idoso não consegue fazer, ele está praticando o etarismo que
22:36ele recebe também.
22:38Perfeito.
22:38Você está me entendendo?
22:40Tá.
22:41Aí o que que acontece?
22:42Se teve uma causa, Karina, tem uma consequência.
22:46Então só aí você já tem metade do teu parágrafo de desenvolvimento.
22:52Tá bom?
22:53Tá.
22:54Aí você pode usar citações, que são as técnicas, a Constituição, artigo 5º.
23:02Tá bom?
23:03Perfeito.
23:03Você pode usar o Estatuto do Idoso.
23:06Ok?
23:06Você pode usar o Direito Penal.
23:10Certo?
23:11Legal?
23:12Tá.
23:12Aí você vai provar.
23:14Ok?
23:14E você pode citar exemplos.
23:16É isso que a gente quer que você faça de banco de dados.
23:20Tá bom?
23:21Se você disser que o preconceito racial está presente na administração pública,
23:30provar.
23:32E para você provar é necessário que você tenha esse banco de dados.
23:35Flecha, e se por exemplo, eu pensei numa dúvida aqui, o candidato estudou, viu lá o índice
23:45e ele não lembra que é 80%, ele está em dúvida se é 80% ou 90%, ele deixa genérico
23:51mais de 80%.
23:52Veja só, Karina, há três formas de o corretor analisar a tua fundamentação.
23:57Se você acusa e prova pontuação máxima na fundamentação.
24:03Se você cita e prova parcialmente pontuação mediana na tua fundamentação.
24:10Se você cita e não prova pontuação baixíssima na fundamentação.
24:14Tá.
24:15Você está me entendendo?
24:17Vamos supor que o item fundamentação esteja valendo três pontos.
24:21Você citou e provou.
24:23Três pontos.
24:24Você citou e provou parcialmente.
24:26Um e-mail.
24:27Você citou e não provou.
24:28Zero ponto setenta e cinco.
24:30Aí a ria.
24:31Entendi.
24:32Então é necessário, Karina, só complementando o conselho, peguem todos os assuntos atuais
24:38e vão fazer no banco de dados.
24:40Faça uma conexão entre essas leis com a realidade e façam pesquisas disso na internet
24:46para que você já chegue com esse banco de dados.
24:49Porque no dia da sua prova vem um texto de apoio.
24:51Você não pode usar o texto de apoio na prova.
24:54Perfeito.
24:54Não pode.
24:55Perfeito.
24:56Dessa forma ele consegue ter uma excelente prova discursiva.
25:01Isso.
25:02A discursiva argumentativa é justamente esse.
25:04O poder de você defender o que você pensa.
25:07Perfeito, professor.
25:08Adorei, adorei.
25:10Redação não é fácil?
25:11É fácil.
25:12Me convenceu.
25:13A gente faz redação em no máximo dez minutos.
25:15Redação é fácil.
25:15Não, você faz o dez minutos.
25:17Você faz o dez minutos.
25:20Professor, agora eu quero te pedir o teu arroba para que os alunos que queiram te procurar,
25:26queiram te seguir, queiram saber onde é que você vai fazer uma revisão de véspera.
25:30Qual o teu arroba?
25:31Nós temos o arroba prof.celsoflecha.dj
25:36e nós temos o arroba.celso, underline, flecha.
25:40Ele pode me achar de duas formas.
25:42Repete aí para a gente.
25:43Underline, desculpa, arroba prof.celsoflecha.dj
25:49Porque ele é DJ também.
25:50Isso.
25:51Ou então é arroba.celso, underline, flecha.
25:55Ok, professor.
25:56Muito obrigada pela sua participação, pela sua contribuição.
26:00E eu te espero quando sair o edital da PF.
26:03Vamos conversar.
26:04Sobre redação do Sebrás.
26:05Perfeito.
26:06Eu que agradeço, Karina.
26:08É assim, a gente precisa só lembrar, né, Karina, que atualmente a redação é super importante
26:14em concurso público.
26:16Eu sempre digo, gente, percebam, quando sai a nota objetiva, a pessoa está aqui em cima.
26:21Quando sai a nota de redação, quem está embaixo sobe e fica.
26:25Fora que, como eu trabalho muito com recurso, Karina, às vezes, as pessoas dizem assim,
26:31flecha, eu preciso de dez décimos, quinze décimos para eu entrar.
26:36E, às vezes, você diz assim mesmo, olha, a banca vai descontar de você zero vinte e cinco por erro.
26:42E algumas pessoas dizem, ah, mas zero vinte e cinco, colega.
26:46Por erro.
26:47Por erro.
26:48Se você tiver quatro erros, um ponto.
26:51Um ponto.
26:51Isso vai fazer uma diferença tão grande na tua vida, colega, tu imaginas o quanto.
26:55É um concurso.
26:56Isso.
26:57Então, é necessário que treine.
26:58Redação é treino.
27:00Redação é treino.
27:01É treino, Karina.
27:03Não adianta você dizer, ah, eu sei escrever.
27:05Você sabe escrever?
27:06Mostre a um professor de redação.
27:08Mostre.
27:10Tá bom?
27:11Perfeito.
27:11Se ele disser dez, ótimo, você sabe.
27:14Mas, se você não saber, ele vai te dizer.
27:16E também aquela coisa assim, Karina, a redação não quer corrigir somente por um profissional.
27:20Geralmente por dois.
27:22Então, se você mostrar para um e mostrar para outro, tá ok?
27:25E você perceber que a diferença não ultrapassou dois pontos, não tem problema.
27:29Que é o que a gente chama de discrepância.
27:31Não tem problema.
27:32Porque nenhum corretor dá a mesma nota que o outro.
27:35Você tá me entendendo?
27:36Então, começa a treinar.
27:37Tem esses 15 dias, treina.
27:39Treina que você vai chegar lá.
27:41Com toda certeza.
27:42Perfeito, professor.
27:43Muito obrigada.
27:44Eu que agradeço, Karina.
27:45E a gente vai encerrar mais uma entrevista aqui no Liberal Concursos.
27:49E eu te espero na próxima segunda-feira.
27:51E segunda-feira ainda vai ter entrevista para o MPU, para você gabaritar na sua prova.
27:55Até mais.
27:55Transcrição e Legendas por Quintena Coelho
28:01Transcrição e Legendas por Quintena Coelho

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